terça-feira, 11 de junho de 2013

Ao final desta tarde


Este teu olhar castanho
Tão doce quanto um favo de mel
Ele, em minha direção mirando.
Por dentro
Sinto-me flutuando
Sinto-me no céu

Pele macia
Virgem seda
Por ti, reporto tanta idolatria,
Que nem desconfias
É a musa de meus sonhos

Lábios vermelhos
Maçã de encantos
Reclusos desejos
Dedico cada poema
Que retiro de minha alma
Esta mina de sentimentos

Nada posso fazer
Amar-te é o que me resta
Já que não consigo te esquecer
Transmito á este papel o que sinto
Atesto e afirmo
Que nada minto
Nessas linhas poéticas
Minha única saída
Já que contigo meu amor não posso compartilhar

Sejamos amigos
Continuemos nossa caminhada
Eu com a minha
E tu, com a tua
Minha amada
Para a posterioridade
Ficarão apenas velhos retratos
E para quem quiser ouvir
Este meu amor em surrados relatos.

Passará os anos
Mas de ti não esquecerei
Estará sempre no velho baú das lembranças
Onde guardamos memórias que tanto adoramos
E este teu belo olhar
Terá sempre, lá um lugar.
Para que depois que fores embora de minha vida
Quando a saudade bater a minha porta
Eu, magicamente
Possa me reportar...


Ao final desta tarde
Quando no horizonte
O Sol vai beijando as montanhas
Eu, sentado neste banco,
Vivendo apenas de lembranças.
Nesta tarde fria,
Minha bela dona
Finalmente virás
Vestida toda de branco
Quieta e sem alarde


Irá levar-me daqui
Até os jardins do céu
Tu e eu de mãos dadas,
E tu, para mim docemente
Sorriria.
Ah não sabes o quanto esperei
Para que um dia
Novamente eu pudesse contemplar
Teu doce olhar de mel...

Nenhum comentário:

Postar um comentário