terça-feira, 15 de outubro de 2013

A Vida Continua...

Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos.
-Oscar Wilde;


Mesmo que um dia, eu não te veja mais,
O vento continuará a soprar.
Mesmo que meus olhos não brilhem mais ao te ver,
O Sol continuará a brilhar.
Os pássaros continuarão a cantar.
Mesmo que eu nunca mais escute tua voz,
Mesmo que tua ausência se impor sobre meus dias,
Se não puder domar essa saudade feroz,
Viverei de pequenas alegrias.

Tentarei, mas nada prometo,
Viver e ser forte.
Mas,
Nunca, isto juro, te tirarei do pensamento.

Quando a saudade espremer meu peito,
Os olhos fecharei.
E tua imagem para mim sorrindo, contemplarei.
Amenizando assim, essa solidão,
Que insiste em rondar
Meu coração.

O duro é saber que quando me deixares,
A vida continuará.
Que talvez nunca mais se cruzarão nossos olhares.

A vida continua.
E tanto dói em mim.
Saber que depois de tua partida,
Dia após dia,

Será o meu fim.

Pinheiro, Erasmo.
Piratini, 15 de Outubro de 2013.

sábado, 12 de outubro de 2013

Genealogia.

P
Primeira Geração:
-Erasmo Bonotto Pinheiro Crespo: *02-05-1996, em Piratini, Rio Grande do Sul
Segunda Geração: Pais:
-Luiz Alberto Pinheiro Crespo: *05-10-1967, em Piratini.
-Neiva Terezinha Carvalho Bonotto Crespo: *11-03-1969, em Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Terceira Geração: Avós:
-Silvio Luciano Duarte Crespo: *18-02-1937, em Piratini, morreu em 02-02-1989, em Piratini.
-Marina Pinheiro Crespo: *17-04-1943, em Piratini. Pias de Luiz Alberto.

-Honório Valentim Bonotto: *30-05-1940, em Santa Maria, morreu em 20-06-2008, em Santa Maria.
-Maria Lorena Carvalho Bonotto: *07-10-1948, em Formigueiro, Rio Grande do Sul, morreu em 14-06-2008, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Pais de Neiva Terezinha.
Quarta Geração: Bisavós:
-Olorival Crespo: *14-09-1894, em Piratini.
-Olília Duarte Crespo: *08-06-1898, morreu em 24-03-1968, em Piratini. Pais de Sílvio Luciano.

-Manoel Ignácio Pinheiro: *24-01-1900, em Piratini, morreu 1964, em Piratini.
-Edith Farias Pinheiro: *25-10-1916, em Piratini, morreu em 02-02-2000, em Piratini. Pais de Marina.

-Roberto Bonotto: *e morreu em Santa Maria.
-Brandina Druzian Bonotto: morreu em Santa Maria. Pais de Honório Valentim.

-Manuel Charão Carvalho: * e morreu em Santa Maria.
-Virgínea da Rosa Carvalho: * e morreu em Santa Maria. Pais de Maria Lorena.
Quinta Geração: Trisavós:
-Affonso Cassiano Crespo: *13-08-1859, morreu em 18-08-1936, em Piratini.
-Maria Augusta dos Santos Crespo: * Pelotas e morreu em 30-07-1948, em Piratini. Pais de Olorival.

-Baltazar Barbosa Duarte: morreu em 1940, em Piratini.
-Isabel Motta Duarte: morreu em 1949 em Piratini. Pais de Olília.



-João Ignácio Pinheiro: *01-08-1836, em Piratini, morreu em 1915 em Piratini.
-Ignez de Castro Ferreira Pinheiro: morreu em 1916 em Piratini. Pais de Manoel Ignácio.

-Adriano Eudóxio de Farias: *01-03-1894, em Piratini, morreu em Encruzilhada do Sul.
-Universina Elena de Oliveira Farias: *26-06-1901, morreu em Piratini. Pais de Edith.

-Pedro Bonotto: *01-08-1889, na Itália, morreu no Brasil.
-Cristina Zago Bonotto. Pais de Roberto.

-Fortunato Druzian.
-Josefina Correia Druzian. Pais de Brandina.
Sexta Geração: Tetravós:
-André Lucianno Crespo: *Montevidéu, no Uruguai, e morreu em 1901, em Piratini.
-Francisca da Conceição Crespo: *Piratini. Pais de Affonso Cassiano.

-Augusto Alves dos Santos.
-Joaquina Maria Carvalho dos Santos. Pais de Maria Augusta.

-Baltazar Barbosa Duarte.
-Joaquina Barbosa Duarte. Pais de Baltazar.

-Pedro Duarte.
-Lauriana Motta Duarte. Pais de Isabel.

-Graciano Ignácio Feliciano: *18-12-1803.
-Maria Francisca da Silva Pinheiro: *24-12-1825, em Piratini. Morreu em Pelotas. Pais de João Ignácio.

-João Ferreira Pinto de Souza: *1835, morreu no Uruguai.
-Maria Francisca Duarte. Pais de Ignez.

-Vicente Paulo de Farias.
-Floriana Maria de Oliveira. Pais de Adriano Eudóxio.
-Ignácio Antônio de Oliveira: morreu em Piratini.
-Joseffa Pereira de Oliveira: morreu em 1918, em Piratini. Pais de Universina Elena.

-Pedro Bonotto: *Itália.
-Ângela Bonotto:*Itália.
Sétima Geração: Pentavós:
-Juan Crespo:*1790, na Ilha de Lançarote, Ilhas Canárias, morreu em 1840, em Piratini.
-Gabriela Joseffa Robaina Crespo: *1790, na Ilha de Lançarote. Pais de André Lucianno.

-Francisco da Conceição: *Ilhas Canárias, morreu no Brasil.
-Manoela da Silva Conceição: *Ilhas Canárias. Pais de Francisca.

-João Ignácio Feliciano: *Açores.
-Angélica Silveira d’Ávila: *Açores. Pais de Graciano Ignácio.

-José da Rosa Pinheiro: *Ilha do Faial, Açores, Portugal. Morreu no Brasil.
-Anna Joaquina Correia da Silva: Pais de Maria Francisca.

-João Ferreira Pinto: *Portugal.
-Jacinta Dias de Castro: *1810, em Piratini, morreu em 1889, em Mataolho, Uruguai. Pais de João.

-Francisco Duarte da Silva.
-Maria Antônia Duarte: *1810, em Piratini. Pais de Maria Francisca.

-Antônio da Rosa Faria: *1811, em Piratini.
-Margarida Maria dos Santos. Pais de Vicente.

-Lúcio Antônio de Oliveira.
-Silvana Maria Soares de Oliveira. Pais de Floriana Maria e de Ignácio Antônio.
Oitava Geração: Heptavós:
-Ambrósio Gabino Crespo: *1770, na Ilha de Lançarote.
-Margarida Ramosna Crespo: *1770, na Ilha de Lançarote. Pais de Juan.
-Feliciano José: *Açores.
-Catarina Rosa: *Açores. Pais de João Ignácio.

-José Silveira d’Ávila: *Açores.
-Ana Rosa:* Açores. Pais de Angélica.

-José da Rosa: *Ilha do Faial.
-Catarina Rosa da Silveira: *Ilha do Faial. Pais de José.

-Manoel Francisco Vicente: *Ilha do Faial.
-Maria Rosa: *Ilha do Faial. Pais de Anna Joaquina.

-José Pinto Ferreira: *Portugal.
-Maria das Neves Pereira: *Portugal. Pais de João.

-Bernardo Dias de Castro: *1789, em Portugal, morreu em 1822, em Piratini.
-Isabel Pereira Chaves: *Viamão, Rio Grande do Sul. Pais de Jacinta.

-Alexandre Duarte de Faria.
-Maurícia Correia da Silva: *Piratini. Pais de Francisco.

-Antônio Duarte de Faria.
-Rosa Francisca de Faria. Pais de Maria Antônia.

-Antônio de Faria Rosa: *Ilha do Faial.
-Maria Dutra: *1789, natural de San Carlos de Maldonado, Uruguai. Pais de Antônio.
Nona Geração: Septavós:
-Manoel Duarte de Faria: *São Mateus da Ribeirinha, Ilha do Faial.
-Francisca Rosa:*Ilha do Faial. Pais de Alexandre Duarte de Faria e Antônio Duarte de Faria.

-Joaquim Correia da Silva: *Lapa, Paraná.
-Rosa Maria de Jesus Faria: *Ilha do Faial. Pais de Maurícia.

-Manuel de Faria Alvernaz: *Ilha do Faial, morreu em Piratini.
-Rosa Francisca: *Ilha do Faial, e morreu em 1826, em Piratini. Pais de Rosa Francisca.

-Domingos de Faria Alvernaz: * 22-12-1731, em Cedros, Horta, Ilha do Faial, morreu em 1822 em Piratini.
-Mariana Rosa de São José: *27-03-1732, em Salão, Horta, e morreu em 1822, em Piratini. Pais de Antônio.

-Manuel Dutra Caldeira: *Urzelina, Velas, Ilha de São Jorge, Açores.
-Isabel Maria Vieira: *Urzelina. Pais de Maria.
Décima Geração: Optanavós:
-Manuel Correia da Silva: *Cascais, em Portugal.
-Anna Pereira da Silva: *21-09-1733, em Curitiba. Morreu em31-10-1780m em Lapa. Pais de Joaquim.

-Domingos de Faria Alvernaz
- Mariana Rosa de São José. Pais de Rosa Maria de Jesus. (São meus septavós e optavós).

-João Silveira d’Ávila:
-Anna Maria de Jesus: Pais de José.

-João Pereira:
-Izabel Rosa: Pais de Ana Rosa.

-Manuel Gomes de Medeiros:
-Maria Rosa: Pais de José.

-Domingos Jorge de Faria Alvernaz:
-Anna Maria D’Ávila: Pais de Manuel e Domingos.

-José Dias de Castro:
-Lauriana Joaquina Pereira: Pais de Izabel.
Décima Primeira Geração: Nonavós:

-João Furtado:
-Ágada Rosa: Pais de Isabel Rosa.

-João d’Ávila:
-Maria Silveira: Pais de João.

-Gervásio Pereira:
-Maria Alves Pereira: Pais de João.

-Manoel Vieira Mercador:
-Marianna Theresa de Santo Antônio:  Pais de Laurianna.

-Amaro Alvernáz (Amaro era filho de Sebastião Alvernáz, o Velho e de Maria da Almança; Neto paterno de João Martins e de Águeda Alvernáz).
-Francisca Vieira: Pais de Domingos Jorge.

-Francisco Fernandes. ( Francisco era filho de Antônio Alvernáz e Maria Fernandes).
-Maria d’Ávila: Pais de Anna Maria.

-Domingos Carrasco: morto em 1749.
-Maria Carrasco: morta em 1749. Pias de Manuel Correia.

-Manuel Garcia Nunes.
-Francisca Rosa de São José. Pais de Mariana Rosa.
...

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um punhado de lembranças.

Afogar-me em lembranças foi o que me restou.
Desde que tu se foi.
E a solidão ao meu lado se apresentou.

Emergimos os dois daquele poço de lama.
Tu sobreviveste ileso a isso.
Por mim nenhuma lágrima derrama,
Já eu,
Bem, eu
Rios de lágrimas choro.

Voou pelos ares, bela ave,
E eu resumido a pó no chão fiquei.
Tu nem sabe, que desejo tanto que voltes aqui e me salve.

Soltastes minha mão,
Depois de me ensinar a ser eu.
Um eu que nem eu desconfiava existir.
Retirou de meu rosto espesso véu.
E eu me virei no que agora sou.
No começo cabalei,
Depois pude meio que firme, adiante seguir.

Há horas que olho para trás e lembro-me de ti, e de tudo que vivemos.
De minhas ilusões sobre te amar.
Das boas horas que contigo passei, depois que nos conhecemos.
Tudo isso, serve hoje para somente eu recordar.

-Pinheiro, Erasmo.

Piratini, 07 de Outubro de 2013.

sábado, 5 de outubro de 2013

Diário 2.

Camaquã, 23 de Outubro de 1838.
As gotas da chuva já não molham meus lábios como antes. Se bem que sempre tive receio de sair na chuva. Sempre me acomodei com o que as vontades ao meu redor desejavam.
Segui pela rua. Precisava seguir.
Antes de seguir diante, um pequeno parêntese: As pessoas julgam sempre um livro pela capa. Moça rica e cheia de beleza, tão feliz...
Retomando o assunto do inicio, seguia eu pela rua. Voltei para dentro da casa da minha tia. Ninguém quis tocar piano hoje, e isso é bem ruim. Há dias que escutar música é um dos únicos prazeres que tenho. Sim música. Tão bom poder ter as minhas músicas e mergulhar num mundo só meu. Onde eu posso ser quem eu quiser ter todos que quero ter. É fantasioso, mas pelo menos é onde tudo é perfeito, onde as melodias da música embalam meu viver.
Seguem os dias, eles nublados, chuvosos, ensolarados, seguimos sempre. Seguem. Sigo eu escutando música.
De um assunto emendo noutro. Sempre faço assim. Sempre. Nem eu consigo me entender por vezes. É como se eu fosse expectadorade minha própria vida.
Chove garoa e logo abre Sol. Aqueles raios de Sol, que nascem nos meio das nuvens no céu e veem ilumina os campos.
Sigo em frente.
Passamos, gastamos muito tempo de nossa vida preocupados com o que os outros vão dizer ou falar a nosso respeito. Deixamos de viver por medo de nós mesmos, de não sermos suficientemente bons para com nós mesmos. Nada vai recuperar o tempo perdido, este tempo que vivemos para os outros e não para nós mesmos. Vivemos maquiados, mascarados, sorrindo falsamente para os outros. Ou até mesmo segurando lágrimas que teimam em nos ocorrer nos olhos. O tempo só segue cada vez mais rápido.
Os últimos dias têm sido bastante diferentes. Foram três noites seguidas que eu sonhei com ele. Dizem que os sonhos são os grandes anseios da gente, que de tanto pensar ou desejar acabam entrando em nosso subconsciente. O ruim de sonhar é perceber que é tudo ilusório.
Bem, bem. Fora tudo isso, já se vão três anos desde que os Farrapos invadiram Porto Alegre, e já se fala que a Província se tornou uma República. Os homens desta família, empolgados com este clarim de liberdade dos desmandos do Império, encilharam seus cavalos e se juntaram as tropas de Bento Gonçalves. Nesta terra, ficar em casa em tempo de Guerra é coisa pra mulheres e crianças. Inda sorte é que a família dele não se envolveu nessa peleia, porém estão de mudança pro Uruguai, onde há paz. Isto será uma despedida minha dele.
Bueno, quando esta função de Guerra se terminar, fico só imaginando o povo do Rio Grande, que terá de reerguer esta Província sacudida pela derrama de sangue que se fez nos últimos anos. O que farei eu daqui pra frente? Talvez nada de diferente do que fiz até agora. Sendo que no ano que viemos pra estância de minha tia, prometi que só casar-me-ia depois que o Rio Grande estivesse em paz.
Pois prometi a minha mãe, e agora terei de cumprir? Não posso trair-me. Não conseguirei me casar com nenhum outro homem que não seja ele. Não consigo. Não posso!
Por falar, mais uma vez nele, a última vez que o vi, foi num sarau, em comemoração ao casamento duma prima distante, que teve na vila. Ah como estava belo! Como sempre, com aquele sorriso tímido, com aquele jeito tão doce. E eu burra que só, ao invés de ir conversar com ele me acanhei num canto perto das outras moças. Falamos muito pouco, e mais uma vez eu sempre que podia me fazia de dura e indiferente. Não sei o porquê faço isso, mas faço. Tento disfarçar ao máximo que posso todo o amor que sinto por ele. Se eu demonstrar isso, talvez seja pior para mim. Então irei guardar isso dentro de mim, como algo que me mantem viva.

Sigo em frente, sempre em frente...