segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Um punhado de lembranças.

Afogar-me em lembranças foi o que me restou.
Desde que tu se foi.
E a solidão ao meu lado se apresentou.

Emergimos os dois daquele poço de lama.
Tu sobreviveste ileso a isso.
Por mim nenhuma lágrima derrama,
Já eu,
Bem, eu
Rios de lágrimas choro.

Voou pelos ares, bela ave,
E eu resumido a pó no chão fiquei.
Tu nem sabe, que desejo tanto que voltes aqui e me salve.

Soltastes minha mão,
Depois de me ensinar a ser eu.
Um eu que nem eu desconfiava existir.
Retirou de meu rosto espesso véu.
E eu me virei no que agora sou.
No começo cabalei,
Depois pude meio que firme, adiante seguir.

Há horas que olho para trás e lembro-me de ti, e de tudo que vivemos.
De minhas ilusões sobre te amar.
Das boas horas que contigo passei, depois que nos conhecemos.
Tudo isso, serve hoje para somente eu recordar.

-Pinheiro, Erasmo.

Piratini, 07 de Outubro de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário