quinta-feira, 31 de julho de 2014

O Caminhar da Juventude

Nossa juventude é o ouro
Que levaremos pro resto de nossas vidas.
Marcas de nossa ousadia e coragem,
De grandes chegadas e das sinuosas despedidas.

Um estado de ser e estar, de amores brotarem
Dos sorrisos verdadeiros, dos amores mais sinceros,
De tudo que é bom e memorável
De tudo que para sempre será o eterno.
                                     
Mas nem tudo está certo
Ouço algo se partindo
Os maus caminhos do mundo aberto
Adentram sem serem bem-vindos

Juventude inocente e dominável
Se deixa levar pelos ventos da tentação
E o que é triste e inaceitável
É não saber interpretar a direção

Uma direção, nunca bem clara
Rebuscada por uma mistura de instinto e saber
Que em muitos casos, gera experiências amargas
Noutras tantas, um exemplo de viver e crescer.

A juventude de noites intermináveis e das bem vividas
Dos goles de pura coragem
Dos dissabores da imaturidade
Do sangue quente e pulsante
Que gera a energia que iremos levar pelo resto de nossa vida,
Vívida e inquietante.

E ouso dizer que quem o espirito jovem manter,
Tristeza nenhuma
Há de ter.

Ter ideais é uma marca da adolescência
Saber pensar, infelizmente, nem todos sabem
Desejos à flor da pele repletos de decência
São destinos em suas inúmeras viagens

Os tais portadores da liberdade
Ir e vir nas opiniões e preferências
Relíquias pertencentes a uma idade
Onde o foco são alegrias e experiências

É o saber ter, perder, esperar,
Sorrir, chorar, amar
E viver, sentir, nesse eterno parêntese
(parêntese sumidouro como o mar)

E essa é a juventude
Muito mais que uma idade
É um estado de jovialidade
Que deve e pode
Ser levado para o resto da vida
Pra que a nossa essência, nunca se escorra

Por entre as rugas da pele.



Erasmo Pinheiro & Samuel Garcia. 
Piratini, 30 de julho de 2014.  

sábado, 19 de julho de 2014

Tal que é.

Fiz de tudo que se pode imaginar. Engoli o ar seco pela boca. Obriguei o sono a ir embora, pular da minha cama e saltar pela janela. Carreguei água nas mãos e não deixei nenhuma gota fugir por entre os meus dedos. Enfrentei apenas com o olhar os raios e trovões que fulminavam nos céus nas tempestades de verão.  Sentia-me corajoso por isso.
Lembro o quanto vivi com tudo isso. Poderia descrever cada detalhe. Cada palavra. Cada gesto. Não me arrependo de nada, nem mesmo de ter me iludido.
Sei que falar de sentimentos é algo batido e que muitos falam, mas eu sempre gosto de lembrar e sentir um pouco da emoção que pode criar numa pessoa tal sentir.
São pequenos fragmentos que fazem uma grande vida. Descobertas, sustos, risos, choros, partidas, rastros deixados por nós na vida de outros. Inclusive dos ventos que graciosamente acariciam nosso corpo.
Esperança como dizem é a última que morre. A morte é o final desta vida. A passagem do (des) conhecido, para o desconhecido. A vida em todo, não nos é conhecida. Vamos conhecendo aos poucos. Construindo dia após dia. Tentar ser feliz, nós é concedido a grande dádiva a cada dia.
Então são duas metades paralelas: esperar por a realização de nosso desejo, ou atirar-se de peito no que passa por debaixo de nossos olhos. É uma decisão que só cabe a nós mesmo. Mesmo que já tenhamos tentado fazer de tudo o que se possa imaginar e ter chorado até a última lágrima de saudade de alguém.

De maneira única, o tempo passa, não importando o que se faça. O que difere é como nós o preenchemos, sendo nos amando e indo atrás de algo que nos faz falta, sendo prostrando-se na cama, abafado até os olhos já inchados de tanto chorar, ou amando-se em primeiro lugar.