sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Nessa Estrada

Coçam-me os dedos
Em sinal de vontade
De transmitir ao papel, todos os meus segredos
Anseios, aflições, alegrias, e
Até mesmo meus medos.

Guardados entre os espinhos afiados
Tão longínquos quanto as massas do horizonte.
Vez que outra, veem-se desafiados
Pelo breu da noite.

Seguindo por tortuosa linha,
Vou indo,
Nessa estrada, que definha
Instante após instante...
Sem fim, muito menos começo,
Essa história, assim, tão simples
É tudo que lhe ofereço...

Pinheiro, Erasmo.

Piratini, 26 de novembro de 2013.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Último Romance.

Sabe aquela música que você ouve e ela é sua situação cantada? Pois no meu caso, é a música “Último Romance”, do Los Hermanos. Ela é uma das poucas músicas que me tocam de uma maneira que a voz de Marcelo Camelo, o intérprete, me soa tão bem aos ouvidos.
“Eu encontrei quando não quis
Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah, vai
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia, eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê, deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver, eu penso em trocar
A minha TV, num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir aonde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah, vai
Me diz o que é o sossego que eu te mostro alguém
A fim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona
Pra te acompanhar”
A música tem esse poder de nos fazer feliz ou não, trazer de volta nossas lembranças.
Último Romance, em particular, foi uma música que eu sempre gostei desde que eu comecei a entender o que é uma música. Mas á mais ou menos um ano atrás eu soube que ela era minha “música tema”.
É algo difícil de explicar, mas eu amo essa música, por que quando eu a escuto, eu vejo minha situação como um clipe musical. Na parte “Eu encontrei e quis duvidar/ Tanto clichê, deve não ser”, eu me lembro de certo dia, em novembro de 2013, quando eu olhei pro lado e dei-me de conta de quem era que eu estava gostando.
Vão se as pessoas e ficam as músicas, as lembranças.

E se o tempo for te levar eu sigo essa hora e pego carona, pra te acompanhar...

sábado, 9 de novembro de 2013

Quando o homem morre.

"Meu amor é tão profano
Louco, louco de humano!"

Raios clareiam o céu
Manchado de rubro sangue.
Eu sigo riscando palavras num pedaço de papel
Travando ferrenhas batalhas
Entre o bem e o mal.

Perdido no infinito negrume da noite
Com apenas uma chama em mãos
Resquício de coragem
Enfrento de cabeça erguida este afronte.

Não é questão de sorte
E sim de jogo vencido
Pois o fim de uma vida nem sempre é a morte
Mas sim quando o homem deixa a luz de seu sonho apagar-se
Tal que isso ocorre,
Ele apenas existe

E sua essência morre...

Pinheiro, Erasmo.
Piratini, 09 de novembro de 2013.