segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Malditas Rimas.


Como irei enfrentar cada dia
Sem a tua companhia?
Terei de me consolar a mim mesmo,
Proteger-me do frio da noite,
Da solidão também,
No coração, este dolorido açoite.

Sei que nada posso fazer,
Em relação á nós dois.
A não ser
Estas malditas rimas
Escrever.
Também assistir os dias passarem,
O tempo escorrendo por entre meus dedos,
Como um elixir que adia minha morte,
Se desintegrando e sumindo no ar,
Para minha total falta de sorte.

Malditas rimas, sem sentido algum,
Surgem da minha desilusão e sofrer,
Do saber que momento nenhum,
Poderá meu amor corresponder.

Vão se os dias passam-se as semanas,
E as coisas continuam do jeito de sempre,
Regados á minha covardia,
E do teu desamor,
Que a cada dia mais se firmaria.

Sim, são malditas rimas,
Mal ditas,
E mal escritas.
Por mim,
Que no túnel da vida,
Não vê a branca luz, nem o derradeiro fim.

E assim nada podia mais fazer,
Se não queimar e queimar meus dias,
Porém sem os viver.
Guardando na imensidão da noite,
As cinzas de minhas poesias.


-Piratini, 26 de agosto de 2013.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Não entendo esse tal de "Amor".

"Não existe nada de errado no mundo. Mesmo um relógio parado consegue estar certo duas vezes por dia"
-Paulo Coelho.

Já morri, mas continuo de pé,
Já desacreditei, mas não consegui entender, 
Não acredito mais no céu nem no inferno, mas ainda tenho fé,

Num dia tantos sentimentos
Alegria, dor e lamento.

Não consigo ver a luz,
Que tu me trouxeste.
Leve pluma que o vento conduz,
Fostes para tão longe
Para aquele mesmo lugar que vieste.

Um amor impossível,
Este que eu sempre sonhei,
Alguém com essa voz, esses cabelos e esses olhos,
E te ver partir, me é inadmissível.

Dor seca e mortal,
Que consome meus dias
Torna-se tão sem igual,
Quando se percebe que lágrimas nos molham a face
Tornando-nos pessoas frias.

Saber que seus sentimentos não velem nada
Mesmo amando outro alguém
Quem em nosso peito faz morada,
Onde antes era oco,
Agora só de contemplar sua imagem,
Meu peito leva um soco,
E tem a certeza de que nunca ficaremos juntos.

-Pinheiro, Erasmo.
Piratini, 14 de agosto de 2013.

sábado, 10 de agosto de 2013

Piratini, 20 de julho de 2013.

Confesso que não vou te implorar que fique mais um pouco.
Eu queria que ficasse mais um segundo que fosse, isso eu queria.
Prender-te-ia dentro de uma gaiola se fosse o caso.
Mas nada posso fazer.
Nunca me passou pela cabeça te amar. No começo era algo mais carnal, mas aos poucos, fui garimpando tua alma, e descobri o paraíso. Um paraíso proibido a mim.
A cada despedida nossa, o meu olhar se torna mais turvo e pesado. Tu vais indo e indo e eu fico ali, estático sem querer acreditar que nosso pouco e tão valioso tempo se esgotou. Por que ó Deus, por quê?
Eu tenho minha parcela de culpa nisso tudo. Porém quando eu errei, não sabia o quanto tu ias te tornar importante para mim. Pois é.
No “nosso começo de relação-amizade-minha-paixonite”, te achava alguém estranho e sem a mínima graça, sim era assim que eu te via. Achava-te comum, sem o mínimo conteúdo.
Pois é.
Gostar de alguém é como colocar algo redondo perto do início de uma ladeira. Ai, quando começa a rolar aquela atração físico-mental, já era o controle da situação.
Aqui por estas bandas do meu peito, foi bem assim. Tenho medo que o precipício seja alto de mais e eu me estabule no chão.
Pois é.
Uma fase, uma vida toda, não consigo saber. Sou humano de mais para querer entender uma pequena parcela disto.

Sei que isso está impregnando no meu peito e parece que não vai se soltar tão fácil assim...