quarta-feira, 10 de julho de 2013

Adeus

Dizer adeus
Nunca queremos
Nem coisa de cristãos, nem de ateus,
Nem quando, nem como sabemos.

A saudade
De quem nos faz falta,
Na alma faz covas
Dilacera, destrói.
Mortifica
Consome, corrói.

Faz o homem ser fraco, impotente,
Diante de tamanho sofrer,
De não ter ao seu lado
Seu bem querer.
Se fosse fácil a partida,
Quando a dor se impregna,
E transborda pelos olhos,
A alma fica derretida.
O sal da verdade,
Ver quem se ama
Ficar a doce imagem no triste reflexo,
 Da saudade.

Vai indo tu em direção a um denso nevoeiro,
De repente sinto em meus olhos,
Um incurável argueiro.
Tu somes, como um fantasma, uma miragem
Algo surreal.
Só eu nesta triagem,
Tu acima do bem e do mal,
Vai embora, para tão longe...

É inevitável eu sei,
Tua partida.
Mas se eu pudesse prender dentro de mim
Tua imagem me dizendo qualquer coisa que fosse,
Reviveria todos os dias de minha vida,
Até o meu fim.
Juntaria as cinzas de meu coração,
Guardaria dentro de uma caixa,
E somente a ti daria com tamanha emoção!
Não importa o tempo que for,
Eu esperarei tua volta,
E lhe oferecerei de novo todo meu amor.

Confio que o vento trará teu aroma de flor silvestre até mim,
E despertará meu viver
Num só estopim.
Mas por vezes vejo que não é simples assim,
Não sou nem serei tão importante para ti com tu és para mim.
Mas em fim,
A saudade tua se põe com todo seu peso,
Sobre mim,
E meus ombros não são fortes para aguentar,
Por vezes sinto
Que vou fraquejar,
Não lhe minto,
É assim mesmo a saudade!

Que os bons ventos da primavera te tragam de volta,
Mas que desta vez, fiques aqui,
E tua chegada seja como Sol do alvorecer.
De toda alegria,
O renascer...

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