domingo, 14 de julho de 2013

A última poesia.

A última poesia...
Com o resto de inspiração que tenho,
Depois te mais uma vez ter meu coração despedaçado,
A dor por meio de estas palavras demonstrarem que tenho,
Ainda um coração, um encouraçado.

Tua voz, que antes era uma doce melodia,
Depois de tuas maldosas palavras,
Hoje em dia,
Não passam de palavras vazias.

Pensei que fosses te sentir feliz por alguém te amar tanto,
Mas não.
Sentiu nojo e desprezo,
Mas eu não reagi com espanto,
Não queria aceitar.

A última poesia...
Carregada de dor,
Mas também
De ardor.
Vai ser a minha última,
Pois não tenho o combustível
Do amor.

Sim, necessitava de alguém para ser minha inspiração!
E era tu...
Tu que nunca vai dar o merecido valor,
Para essa minha inquietação,
Esse tão forte sentimento
Do fundo de meu coração.

Acabaram-se as esperanças, os dias incontáveis,
As longas esperas,
As noites inconsoláveis.
Acabou a admiração,
Entrou-se tudo em exaustão.

A última poesia...
Com o que restou de mim,
Depois de um massacre,
Chegou ao fim
Minha inspiração.
Secou a fonte,
Secou minha alma.
Mas agora sim
Consigo ter calma.

Era não minto,
A luz do meu caminho.
Mas a luz se apagou,
E agora no escuro continuo sozinho.
Perdido como antes...

Embarquei novamente no barco da solidão,
E vou velejando aos poucos sem rumo,
Em direção á escuridão.
Tenho que voltar
A viver sem razão.

A última poesia...
Minha última súplica.
Assim que aos poucos meu amor,
Por ti se desfazia,
Como um nó
Daqueles bem apertados,
Que me mantinha vivo por si só.
Meu coração
Sangrava e tu nem te importavas,
Mas se fosse ao contrário,
Daria-te meu coração
Para que não sofresses tão grande desilusão.

Agora, depois de aceitar os fatos,
Vou enterrar meus sonhos,
Numa cova bem profunda.
Queimarei teus retratos,
Tuas cartas, junto de teus olhos risonhos.

A última poesia...
Carregada de rancor,
De incertezas, por certo,
Mas também de destemor.
Vai se degradando,
Lentamente
Se definhando.

Agora, só me resta implorar aos céus para te esquecer
Sim,
Pelo menos tentar,
Sufocar este sentimento que meu peito fazia-se aquecer.
Somente levar as boas lembranças,
Que ficarão no caminho,
Como uma lança,
Que vai me ferir até a morte.
Mas a ti não,
Por sorte...

A última poesia...
Vai ser esta,
Mas juro que não queria,
Perder esta minha última alegria.
Não posso relutar para sempre,
É o destino,
Que não me guarda uma festa,
Mas sim um pesar infinito...

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