quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Morrer.

Sopro gelado
Num segundo,
Meu destino é traçado.
Minhas vestes, antes limpas,
Agora serão recobertas de um pó imundo.

Fecham-se os olhos,
Fecham-se tudo.
Nunca mais apertados abraços cheirosos,
Nem sequer um suspiro
Termina uma vida, num final tão duro.

Muito mais que um corpo, velho e cansado
Uma história ali é
Velado.

Minha alma, ninguém sabe pr’onde vai.
Para muito longe talvez,
Ou pra perto do grande pai.

Morte é um impulso primitivo da vida
E desde que nascemos,
Segundo após segundo,
Morremos.

Muito mais que um funeral,
Que enterra um corpo
Histórias de uma vida realmente vivida,
Não se perdem nesse final...



Pedregal, 3° distrito de Piratini. 
Pinheiro, Erasmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário