quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Libertar-se de si mesma.


Cortou-se no intuito de sanar sua dor.
Escorreram gotas de sangue quente, como pétalas de vermelha rosa
Despencadas com calor.

Sopro gelado d’alma
Vinha beijar seus lábios
Roubando-lhe o último suspiro de calma
De um sonho nunca vivido, nem da velha música jamais cantada.
De seu castelo de cartas,
Que o vento intempestivo, num sopro cruel desmanchou,
Só restou sua tristeza amontoada.

Vagueando pelos céus na madrugada fria e solitária
Buscando a luz da manhã
Com sua avidez totalitária
A fim de emanar sua luz interior
Liberta-se de suas trevas

Ateias e pagãs.

Pinheiro, Erasmo.
1° distrito de Piratini, 10 de dezembro de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário