segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Malditas Rimas.


Como irei enfrentar cada dia
Sem a tua companhia?
Terei de me consolar a mim mesmo,
Proteger-me do frio da noite,
Da solidão também,
No coração, este dolorido açoite.

Sei que nada posso fazer,
Em relação á nós dois.
A não ser
Estas malditas rimas
Escrever.
Também assistir os dias passarem,
O tempo escorrendo por entre meus dedos,
Como um elixir que adia minha morte,
Se desintegrando e sumindo no ar,
Para minha total falta de sorte.

Malditas rimas, sem sentido algum,
Surgem da minha desilusão e sofrer,
Do saber que momento nenhum,
Poderá meu amor corresponder.

Vão se os dias passam-se as semanas,
E as coisas continuam do jeito de sempre,
Regados á minha covardia,
E do teu desamor,
Que a cada dia mais se firmaria.

Sim, são malditas rimas,
Mal ditas,
E mal escritas.
Por mim,
Que no túnel da vida,
Não vê a branca luz, nem o derradeiro fim.

E assim nada podia mais fazer,
Se não queimar e queimar meus dias,
Porém sem os viver.
Guardando na imensidão da noite,
As cinzas de minhas poesias.


-Piratini, 26 de agosto de 2013.

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