Não sei se, de mi te lembras.
Ou se me esqueces, por fim;
O que eu bem sei, é que vivo.
Quando os olhos põem em mim.
Por isso minha adorada
Te peço de quando em quando
Não te esqueças do remédio
E me vai aviventando!
Os meus olhos, mais os teus
O mesmo compasso tem.
Se os teus abres, abro os meus:
Fitar-me tu, eu também.
O que posso mais eu fazer
Para em tudo te imitar?
Sigo-te á risca até mesmo
No teu preceito de olhar.
A carta que me mandaste
Abri com pouco jeito:
Trazia o teu coração.
Caiu-me dentro do peito.
Dei-lhe então, ali o abrigo;
Mas não lhe cabendo os dois,
Mando-te o meu, e, comigo
Ficarás o teu depois
-Francelina Pinheiro Duarte
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